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HEMATOMA EM RITIDOPLASTIA E SUAS COMPLICAÇÕES

Entende-se por complicação, resultados não satisfatórios obtidos a partir de uma cirurgia, tanto no plano estético como no plano funcional.

Complicações e intercorrências são passíveis de ocorrer em qualquer cirurgia. Em cirurgia plástica, as mais comuns são:

  • Lipólise,

  • Seroma,

  • Equimoses,

  • Hematoma,

  • Trombose venosa profunda,

  • Infecção,

  • Lesões nervosas,

  • Epiteliolise,

  • Necrose,

  • Contratura capsular e a

  • Fibrose.

As vezes nos deparamos com pacientes que tiveram um hematoma no pós-operatório mediato. Este hematoma pode desencadear outras complicações, como a necrose e a fibrose.

Equimose em região cervical no pós-operatório de ritidoplastia.

É importante diferenciar o hematoma das equimoses.

A equimose traduz-se pelo sangue impregnado, infiltrado na pele em decorrência à ruptura dos capilares. Apresenta-se como uma mancha escura ou azulada devido a uma infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo.

Na maior parte dos casos, aparece após um traumatismo, mas pode também aparecer espontaneamente em pacientes que apresentam fragilidade capilar ou uma coagulopatia. Após um período de tempo variável, a equimose desaparece passando por diversas graduações de cores.

Já o hematoma é produzido pelo extravasamento de sangue nos tecidos, devido ao rompimento de vasos.

Hematoma drenado em centro cirúrgico

A causa do hematoma está ligada a um sangramento anômalo, por exemplo: uso de medicamento com vitamina E, ginko biloba e uma dieta rica em alho/gengibre favorecem o sangramento, assim como o uso de anticoagulantes com o ácido acetil-salicílico e anti-inflamatórios como ibuprofeno e indometacina, o aumento da pressão arterial também pode favorecer o sangramento.

Pequenos hematomas são comuns, podendo passar despercebidos, e terminam por ser absorvidos naturalmente pelo organismo. Já os grandes hematomas podem aparecer no pós-operatório imediato, devendo ser esvaziados através de uma reintervenção cirúrgica. A dor e o desconforto localizado, no pós-operatório imediato, devem fazer suspeita de hematoma.

Segundo Franco, mesmo uma hemostasia cuidadosa durante o ato cirúrgico não impede a formação de hematomas. Pacientes que sofrem picos de hipertensão, devido a doenças pré-existentes, pacientes agitados e as crises de vômitos também podem desencadear hematomas.

Os grandes hematomas provocam descolamentos, edema e alterações da coloração de pele quando não tratados imediatamente.

Na inspeção, a face apresenta-se muito edemaciada, comprometendo, inclusive, zonas não operadas, como os lábios.

O tratamento do hematoma deve ser imediato e consiste na volta do paciente ao centro cirúrgico onde o cirurgião reabre a região operada, retira os coágulos e revisa a hemostasia. Pequenas coleções podem ocorrer no dia seguinte, e podem ser tratadas com drenagem percutânea, através de punção com agulha grossa e aspiração. A persistência de um hematoma pode lavar à formação de extensa área de necrose cutânea. Um hematoma não esvaziado adequadamente tende a se organizar, formando áreas de fibrose que se manifestam por aderência da pele aos planos profundos ou desnivelamentos da superfície cutânea.

Sequelas de um hematoma - áreas com equimose e fibrose.

Importante salientar que áreas com hematomas, quando não bem drenados e tratados, apresentam-se endurecidas e com pouca mobilidade de pele, quadro que regride dentro de

algumas semanas, se tratado adequadamente.

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Este conteúdo faz parte do livro "Fisioterapia dermatofuncional aplicada a cirurgia plástica - intercorrências, complicações, avaliação e tratamento".

Autora Angela Lange

1ed. 2014.

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